
Político
talentoso que é, o deputado federal Anthony Garotinho (PR)
provavelmente tem consciência de que são reduzidíssimas suas
chances de se eleger novamente governador do Rio de Janeiro. Ao
contrário do que sugere sua expressiva e incontestável liderança
na pesquisa Datafolha do finzinho de novembro (leia aqui o
levantamento completo do instituto).
No
cenário com quatro concorrentes mais parrudos, ele ostenta 21% de
intenção de votos, contra 15% do senador Lindbergh Farias (PT) e do
ministro Marcelo Crivella (PRB), 11% do vereador Cesar Maia (DEM) e
5% do vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). A margem de erro é
de três pontos para mais e para menos.
Para quem
não mora no Estado ou pensa que ele se resume à zona sul carioca, o
que dá no mesmo, exponho dois motivos para o sucesso do
ex-governador no Datafolha.
Garotinho
e sua mulher, Rosinha, por dois mandatos estiveram no Palácio
Guanabara (1999-2007, com breve interregno, a administração
Benedita da Silva). Desenvolveram ações sociais que ajudaram
cidadãos mais pobres, como o projeto dos restaurantes populares, em
funcionamento ainda hoje. Por R$ 1, se come (ou se comia) comida
honesta. Para quem tem mesa farta todo dia, talvez a iniciativa
mereça o rótulo de “populista”. Quem depende de programas dessa
natureza para comer ou comer melhor não esquece a autoria.
É por
isso que na pesquisa recém-divulgada Garotinho alcança 30% entre os
eleitores que ganham até dois salários-mínimos, e apenas 7% entre
os que recebem mais de dez.
Outra
característica dos governos da família Garotinho foi, ratificando a
fidelidade à sua origem, no Norte fluminense, a atenção ao
interior muito além da habitual.
Datafolha:
no interior, Garotinho bate em 29%. Na capital, despenca para 13%.
Com esse
desempenho, por que Garotinho só se elegeria em um cenário muito
pouco provável, como um confronto de segundo turno com Pezão,
apadrinhado pelo desgastado governador Sérgio Cabral?
Porque a
rejeição ao atual deputado é imensa, como demonstrarão futuras
sondagens que incluam esse item em seus questionários. Ela decorre
sobretudo da reta final do governo Rosinha, em que o caos tomou o
Estado. É verdade que o casal elegeu seu candidato em 2006, mas
Sérgio Cabral só vingou ao descolar sua imagem da dos aliados em
baixa.
Quando
Geraldo Alckmin abriu a campanha para o segundo turno presidencial,
em 2006, anunciando a parceria com Garotinho, liquidou com suas
pretensões, inclusive no Rio de Janeiro. Quatro anos antes,
Garotinho amealhara fabulosos 18% dos votos para o Planalto. Foi
perdendo eleitores, a despeito do prestígio entre brasileiros
evangélicos como ele.
Todo
analista minimamente familiarizado com a política do Rio conhece
essa realidade. Por isso, nas infindas tratativas de PMDB, PT e PRB
sobre a sucessão no Estado, Garotinho virou um espantalho. Ninguém
acredita que ele tenha vigor para triunfar, mas seu nome é evocado
como espectro: “Olha aí, se a gente não se acertar, o Garotinho
vai voltar…”.
Nos
últimos tempos, graças à atuação na Câmara e à presença no
rádio, Garotinho recuperou alguma influência. Mas nada que pareça
capaz de reverter a convicção da maioria dos eleitores de que, com
ele e Rosinha, o Estado regressaria à balbúrdia de 2006.
É
possível que Garotinho abra mão de novo mandato de deputado, a fim
de formar uma bancada mais numerosa, em torno de uma campanha sua a
governador (pode dar errado, pois não haveria um puxador de votos à
Câmara tão forte quanto ele). Também poderia tentar o Senado, em
acordo com Crivella, Lindbergh ou Cesar _para ele, Pezão é o
inimigo a ser batido. O resultado no Datafolha vitamina suas
condições para negociar.
Mas é
só. Eventual retorno de Garotinho ao governo estadual seria a maior
surpresa da política do Rio de Janeiro em muito tempo.
Agora assim,chegou com tudo,e boas notícias,já pensou esse casal voltar novamente,O rj não merece coisas mais desse tipo.
ResponderExcluirProfessor Hamilton, assim não dá! Os leitores com saudades dos seus artigos, torcendo para que retornasse o mais rápido possível, ai me vem falando de Garotinho? Que brincadeira de criança é essa?
ResponderExcluirBrincadeiras à parte, professor, bom retorno e vamos nessa!
SÓ A TERRA DA DIGNIDADE OFERECE:
ResponderExcluirabaixo o depoimento emocionado do Sr. Dgnilson Garcia:
- Tô muito feliz com a nova Cabo Frio
- Sou pobre, duro e nunca imaginava frequentar uma sauna na minha vida. Não tenho sauna e muito menos sou sócio de um clube
- Mas com o nosso querido prefeito tudo mudou.
- Só ele para nós oferecer: - a sauna da dignidade móvel a preço "aqcessivel", Um pioneirismo popular na cidade.
- Basta ter um cartão, esperar um micro-ônibus municipal e pagar "apenas R$0,50". Os R$ 2,30 quem banca é o "governo municipal".
- ira desfrutar de uma "sauna móvel" com o aquecimento ambiente.
- oh, tem certo micro-ônibus, que tem que ser marombeiro. Cadê que as janelas estão duras pra caramba!
Quem sabe um garotinho vai a um parque com a sua namoradinha e lá ofereça a ela uma rosinha! porque lá na urna é coisa seria, nao é pra voces.
ResponderExcluirNão entidi nada que. VC QUIS FALAR .
ResponderExcluirEsta amarrado ,garotinho de novo .não!
ResponderExcluirQuando garotinho apontou que o prefeito de cabo frio estava péssimo nas pesquisas, não ficou pteocupado de perder os poucos votos que o prefeito podia arrumar para ele ser canditado ao governo do estado. ?será que ficaram inimigos?
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