Começa nesta quinta-feira (19) a
greve nacional dos bancários por tempo indeterminado. Em Niterói, São Gonçalo,
Itaboraí, Maricá e na Região dos Lagos todas as agências amanhecerão fechadas.
O Sindicato dos Bancários de Niterói e região, como todos os anos, deve fechar
100% de sua base que compreende 16 municípios, com cerca de 240 agências
bancárias e quatro mil funcionários. A categoria pede reajuste salarial de
11.93%, além de outros itens como PLR, igualdade de oportunidade, fim das
terceirizações e das demissões.
O Sindicato dos Bancários de
Niterói e região realiza hoje assembleia organizativa de greve que se inicia às
00h00 desta quinta-feira. O local da reunião é a futura sede do sindicato que
fica à Rua Evaristo da Veiga, 37, ao lado do Colégio Liceu Nilo Peçanha, no
centro de Niterói.
A realização da greve foi
aprovada pela categoria na semana passada durante assembleia geral
extraordinária convocada pelo Sindicato. Centenas de bancários rejeitaram a
proposta de 6,1% de reajuste oferecido pela Fenaban (Federação Nacional dos
Bancos) e decidiram pela greve por tempo indeterminado.
Os clientes e usuários que
necessitarem dos serviços terão que se dirigir a postos de atendimentos
credenciados pelos bancos. Nenhum tipo de atendimento será realizado no
interior das agências. Os caixas eletrônicos funcionarão normalmente e as
operações também poderão ser realizadas pela internet.
“Chegamos a um momento importante
da nossa campanha salarial. Desde o início do mês de agosto vimos negociando
com as direções dos bancos, porém sem sucesso em nossas reivindicações. Essa
proposta de 6,1% de reajuste nos leva a chegar ao ápice das negociações e
partir para a greve por tempo indeterminado. Em Niterói e em todos os outros
municípios da nossa base como Cabo Frio, Rio das Ostras e São Gonçalo, as
agências não funcionarão. Não podemos admitir que a cada anos os bancos lucram
mais em cima dos esforços da nossa mão de obra e não repasse essas cifras
bilionárias em ganhos salariais para seus funcionários e melhores condições de
trabalho. O bancário está adoecendo por causa das pressões pela venda de papéis
e títulos dos bancos”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de
Niterói e região, Fabiano Paulo Silva Júnior.
As reivindicações dos bancários
> Reajuste salarial de 11,93%
(5% de aumento real mais inflação projetada de 6,6%)
> PLR: três salários mais R$
5.553,15.
> Piso: R$ 2.860,21 (salário
mínimo do Dieese).
> Auxílios alimentação,
refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário
mínimo nacional).
> Melhores condições de
trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os
bancários.
> Emprego: fim das demissões,
mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações,
especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da
aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.
> Plano de Cargos, Carreiras e
Salários (PCCS) para todos os bancários.
> Auxílio-educação: pagamento
para graduação e pós-graduação.
> Prevenção contra assaltos e
sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.
> Igualdade de oportunidades
para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e
negras.
Fonte: Sindicato dos Bancários de Niterói e Regiões.
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